Geriatras explicam quando é necessário contratar um cuidador de idosos
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Geriatras explicam quando é necessário contratar um cuidador de idosos

Envelhecer é um processo que leva a uma perda progressiva da autonomia, ainda mais com o acúmulo de problemas de saúde que vêm com a idade. Com a população vivendo cada vez mais, cresce a quantidade de pessoas que precisam de auxílio em tempo integral.

Em alguns casos, os familiares não têm tempo ou possibilidade de ficar responsáveis pelo cuidado de seus pais e avós e uma opção é considerar a possibilidade de contratar um cuidador de idosos. Porém, qual é o momento ideal para incluir o profissional na rotina?

Primeiro, é preciso aceitar que o envelhecimento ocorre de diversas formas e que nem sempre o idoso necessita de apoio constante. Por outro lado, alguns precisarão de auxílio e monitoramento mais cedo e o fator que é mais determinante nesta decisão é o grau de autonomia que o paciente possui.

Sinais de que o cuidador de idosos é necessário

Segundo o geriatra Rafael Gontijo, do Hospital Santa Helena, da Rede D’Or, em Brasília, existem três fatores principais a avaliar para decidir se é necessária a contratação de um cuidador de idosos.

  • Quando o idoso tem dificuldade de locomoção. Exemplo: dificuldade para andar, sair da cama e descer escadas, com história de quedas da própria altura de maneira frequente;
  • Quando se tem dificuldade para fazer a higiene básica. Exemplo: problemas para tomar banho, escovar os dentes, trocar de roupas e lavar o cabelo;
  • Quando há dificuldade de cuidar da própria saúde. Exemplo: dificuldade de gerenciar ou tomar medicamentos corretamente. O emagrecimento também pode ser um sinal de que o idoso precisa de auxílio na questão alimentar.

A geriatra Alexandra Arantes, da Oncovida, de Brasília, ressalta que muitas vezes essa perda de autonomia é fruto de um estado de saúde que pode ser temporário, e o diagnóstico deve ser avaliado pela família.

Como incluir o cuidador de idosos tranquilamente?

Para quem precisa do serviço, é fundamental buscar um profissional com boas referências e currículo, mas a questão da contratação é sensível. Muitas vezes, o idoso se sente abandonado e condenado como se fosse incapaz na presença do profissional, enquanto os familiares podem se sentir culpados e encarar a mudança como irreversível.

Alexandra recomenda que também se pense na possibilidade de incluir o cuidador de idosos de forma mais pontual. “Se há dificuldade de deslocamento para os exames, pode-se contratar um profissional para cuidar só disso, por exemplo. O cuidador pode começar apenas em algumas horas do dia, auxiliando o idoso em tarefas mais pontuais, até que, se necessário, passe a integrar a rotina e que se crie uma relação de confiança”, indica.

As dificuldades da chegada do profissional não estão apenas na forma como o idoso lida com ele, mas também em como a família interpreta a contratação, muitas vezes acompanhada de um sentimento de culpa. A necessidade de um cuidador, porém, não deve ser encarada como negativa.

No outro extremo, os médicos ressaltam que o cuidador tampouco é um motivo para que a família deixe de fazer parte do convívio frequente com as gerações mais velhas. “Nenhum cuidador substitui a família. Esse cuidado de perto dos familiares é muito importante para os idosos e um familiar ausente no cuidado pode gerar solidão e depressão nesse idoso”, conclui Rafael.

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